quinta-feira, agosto 11

Há grande potencial na mineração e precisamos atrair investimentos, diz ministro de Minas e Energia

 Visita mina Cuiabá, em Sabará (MG)
O Ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, quer estimular os investimentos em mineração no país, criando ambiente de negócios propício para atrair recursos ao setor, para gerar mais emprego e renda. Coelho Filho participou do lançamento do livro “Panorama da Mineração em Minas Gerais”, na segunda-feira (8/8), em Belo Horizonte (MG). 

Participaram do evento do secretario de Geologia, Mineração e Transformação Mineral do MME, Vicente Lôbo; o diretor-geral do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM),  Victor Bicca; e o diretor-presidente do Serviço Geológico do Brasil (CPRM), Eduardo Ledsham.

“Muito ainda falta de nós para que o investimento possa vir. Se pegarmos os dados do setor, podemos ver que ainda estamos apenas arranhando a superfície do nosso potencial, ainda temos uma longa estrada para poder percorrer”, disse o ministro. 


Eduardo Ledsham, Victor Bicca, Ministro Fernando Coelho
 e Vicente Lôbo no momento que se preparavam para descer 
a Mina de Ouro do Complexo Cuiabá da AngloGold
A construção de um ambiente de negócios mais favorável é uma das prioridades da sua gestão à frente do Ministério, disse o ministro. Para isso, o diálogo com o setor está reaberto, para reaproximar empresas e governo.

Para o ministro, neste novo momento do país, com redução do espaço do governo no investimento, é fundamental se criar o ambiente de atração de negócios, evitando que esses recursos migrem para outros países. 

“Estamos falando de um setor que é de investimento estritamente privado, é tudo isso que o país está precisando nesse momento, seja pela situação de dificuldades das contas públicas, em todos os níveis, federal, estadual, municipal. Nós precisamos criar um ambiente mais favorável possível para esses investimentos. Estamos vendo outros países ganhando espaço na mineração.

Ministro na mina Cuiabá, em Sabará (MG)
Argentina, Peru, Chile, Colômbia tem passado na nossa frente, e nós temos a determinação de criar esse ambiente e voltar a atrair investimentos para o país”, afirmou Coelho Filho a jornalistas antes do evento.

A publicação “Panorama da Mineração em Minas Gerais” é fruto de uma parceria entre o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV/IBRE), do Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM), do Sindicato Nacional da Indústria da Extração do Ferro e de Metais Básicos (SINFERBASE) e do Sindicato da Indústria Mineral do Estado de Minas Gerais (SINDIEXTRA). A publicação conta a trajetória da mineração em Minas Gerais, abordando os aspectos socioeconômicos, demográficos, geográficos, ambientais e históricos. 
  
Visita à Mina Cuiabá
Pela manhã, o ministro visitou a Mina Cuiabá, em Sabará, operada pela empresa AngloGold Ashanti. Essa é uma das unidades da mineradora no país, que em 2015 produziu em suas três unidades 540 mil onças de minério. 

A AngloGold Ashanti Brasil possui três unidades de negócio: duas em Minas Gerais – Córrego do Sítio (Santa Bárbara) e Cuiabá-Lamego (Sabará/Nova Lima) – e uma em Goiás, a mineração Serra Grande, localizada na cidade de Crixás. 

Mineração em Minas Gerais
Minas Gerais é o principal estado minerador do País, responsável por mais de 50% da produção brasileira de metálicos e por cerca de 30% de todos os minérios extraídos em nosso território. Em 2014, Minas Gerais foi responsável por mais de 50% das exportações de minério de ferro do País, carro-chefe da mineração brasileira. O total das exportações de bens minerais realizadas por Minas Gerais em 2014 foi de US$ 14 bilhões, o que representou 48% de todas as exportações do estado no ano.

A atividade de mineração está presente em mais de 250 municípios mineiros e dos dez maiores municípios mineradores, sete estão em Minas Gerais. Há no estado mais de 300 minas em operação. Das 100 maiores minas do Brasil, 40 estão localizadas em Minas Gerais.

Para ouvir o discurso do Ministro Fernando Coelho clique aqui.

Com informações e fotos do MME e do DNPM