segunda-feira, agosto 11

Workshop discute composição e conteúdo do Manual e Diretrizes Técnicas do mapeamento de risco

Grupo discutindo as diretrizes técnicas do manual

O Serviço Geológico do Brasil (CPRM) promoveu, nos dias 07 e 08/08, o workshop definições e conceitos para a análise de suscetibilidade, perigo, vulnerabilidade e mapeamento de áreas de risco de deslizamentos. O workshop faz parte do projeto de Fortalecimento da Estratégia Nacional de Gestão Integrada de Riscos de Desastres Naturais (Gides). Existem três vertentes do projeto: mapeamento, alerta e monitoramento e planejamento urbano. O evento aconteceu para discutir o mapeamento.

O segundo dia do workshop começou com a consolidação das discussões do primeiro dia. Em seguida os técnicos, gestores e especialistas se dividiram em grupos para discutir primeiro sobre quais os mapas são necessários e o conteúdo deles e depois, em um segundo momento, sobre a composição e conteúdo do Manual e Diretrizes Técnicas do mapeamento de risco.

Segundo Pedro Pfaltzgraff, geólogo da CPRM, foi definido um prazo de quinze dias para unificar e consolidar o trabalho das discussões em grupo. “Resolvemos a diretriz básica de como serão realizados os mapeamentos dentro do projeto Gides, a tendência é que a gente utilize mapas de perigo. Dentro desse prazo de quinze dias vamos emitir qual será o conteúdo do sumário do manual.”

Profissionais da tradução simultânea
Com o sumário decidido será possível realizar uma reunião ou videoconferência com todos os envolvidos no projeto para seja decidido qual será a área de atuação de cada instituição, de acordo com a área de maior afeição. Segundo Pedro, a CPRM, por exemplo, seria responsável por toda a parte referente a execução dos trabalhos de campo.

A expectativa é que dentro de seis meses ou um ano o manual esteja pronto para ser testado em duas áreas pilotos. A ideia é que haja uma área piloto no Rio de Janeiro e outra em Santa Catarina para fazer uma validação de todo o trabalho, saber se o manual é compatível com o trabalho feito em campo e se será necessário algum ajuste ou reorientação.

Rafael Machado, do Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres (Cenad), falou sobre o ótimo nível técnico das discussões e exaltou o fato de que diversas instituições de referência no país, no caso do mapeamento de área de riscos, estarem juntas na mesma mesa de debate, diminuindo a distância entre elas. “Tivemos um avanço efetivo no entendimento entre essas instituições, a cada reunião a barreira entre elas é menor, começam a formar uma opinião mais comum, mais compartilhada. Esse evento permitiu a gente dar um grande passo nesse sentido.”

Rafael também falou sobre a organização do workshop. “Parabenizo a CPRM pela organização do evento, tivemos um ambiente muito favorável para essas discussões e muito agradável para todos os participantes.” O evento contou com tradução simultânea de japonês e português, facilitando o entendimento de todos os participantes.


Técnicos, gestores e especialistas durante o workshop
Nos dias 12, 13 e 14/08 acontecerá outro encontro do projeto Gides, desta vez para discutir monitoramento de alerta. O evento acontecerá em São José dos Campos, no auditório do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) e contará com a presença de representantes da CPRM.